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“Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo. Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.” 1Co 1:17,18
Por isto, a importância de compreendermos, o sentido eterno desta grande decisão de nossas vidas: A decisão por Cristo, e o significado da obra da Cruz.Em sua carta aos coríntios, Paulo chama a nossa atenção para que não preguemos o evangelho com sabedoria de palavra, com a nossa astúcia e eloquência, mas, que preguemos o Evangelho, com a ousadia da Palavra da Cruz, a qual se manifesta pelo Poder de Deus. Observe que há evangelho e Evangelho. Cruz e cruz.
Por este motivo, carecemos do discernimento do alto, a fim de que não sejamos enganados e não enganemos ninguém com um evangelho que não passa pela Cruz de Cristo e o seu poder regenerador. “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;” Rm.1.17.
Ainda falando sobre os perigos de um falso evangelho, em sua carta aos Gálatas, assim escreve Paulo: “Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.” Gl.1.6-12
Para os romanos, a cruz era apenas um instrumento de execução da pena de morte. Para os judeus, era um símbolo de maldição.“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro)”.Gl.3.13. Mas, para os salvos, Paulo diz à igreja de Corinto: “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.” 1ª.Co.1.18.
Na apresentação do livro: Sermões Sobre a Cruz de Cristo, de C.H.Spurgeon, assim está escrito: “A cruz era, em seu propósito inicial, um instrumento de morte torturante a escravos que cometiam graves delitos. Hoje ela glamourosamente enfeita camisetas, acessórios de moda, é tema de tatuagens e identifica os templos cristãos. E esse uso popular a tem esvaziado de seu verdadeiro significado: Foi nela que “Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram” (Salmo 85.10). No sacrifício expiatório de Cristo, a merecida punição pelo pecado, que a justiça do Deus santo exigia, foi totalmente cumprida. Por meio desse sacrifício, há reconciliação com o Pai e livre acesso à Sua presença.”
O ápice do ministério de Jesus Cristo aqui na terra, sempre foi o de pregar o Evangelho para a salvação dos perdidos.“Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.”Mt.4.23.O sacrifício foi eficiente, suficiente e eficaz para a salvação da humanidade. Para tanto, Ele cumpriu inteiramente o plano de salvação e foi obediente até a morte, e morte de cruz. (Fl.2:8).
A morte de Cristo na cruz foi substitutiva. Ele morreu a nossa morte para nos dar a Sua vida. Quem deveria morrer na cruz, éramos nós, pecadores, pois, o salário do pecado é a morte, (Rm.6:23). Nós tínhamos uma dívida de pecado com o Criador, mas a ira de Deus recaiu sobre o seu Filho Unigênito. Para quê? Para nos salvar.“Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões.” 2ª.Co.5.19.
Reconciliação essa, que teve início no exato momento em que o pecado foi entronizado no mundo por meio da desobediência de Adão. A ponto, de Deus ter usado o Profeta Isaias para revelar aos homens, o seu plano:
“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.”Is.53.4-7.
A genuína obra da Cruz, consiste na vitória de Cristo sobre a morte. Ele ressuscitou! A nossa velha natureza humana(herdada de Adão) foi crucificada com Cristo, a fim de que o pecado não tivesse mais poder sobre a nossa vida e dele deixássemos de ser escravos. Quando morremos com Cristo, fomos libertos do poder do pecado.E, como morremos em Cristo e, Ele venceu a morte e ressuscitou, nós também ressuscitamos Nele e assim cremos que também com ele vivemos.(Rm.6.6-8).
Assim como Deus proveu o cordeiro para ser sacrificado e substituir Isaque no Monte Moriá, assim também Ele já proveu, desde antes da fundação do mundo, (1ª.Pe.1:20) o sacrifício do Cordeiro Santo, para verter o Seu sangue em nosso lugar, a fim de nos justificar, reconciliar e nos salvar.“Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;”Rm.5.10.
O Evangelho de Cristoé a manifestação encarnada do poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, e, consiste em que Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.Rm.5.8.
“Caifás, porém, um dentre eles, sumo sacerdote naquele ano, advertiu-os, dizendo: Vós nada sabeis, nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo e que não venha a perecer toda a nação. Ora, ele não disse isto de si mesmo; mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus estava para morrer pela nação e não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus, que andam dispersos.” Jo.11.49-52.
Por isso, que o verdadeiro Evangelho vem carregado pelo Poder de Deus, que nos fez morrer juntamente com Cristo, por meio da nossa atração e inclusão em seu corpona Cruz, nos dando uma nova vidana ressurreição, juntamente com Ele.
Não há Evangelho sem Cristo e sem Cruz. Deus veio em nosso socorro por meio de Seu Filho amado, que se fez homempara tirar o pecado do mundo.
No entanto, há tentativas de se pregar outro evangelho, no sentido de desviar a nossa atenção do verdadeiro Evangelho, acrescentando“mais” alguma coisa, à obra vicária, ou apresentar “adornos”do mundo, como se o Evangelho precisasse de algo mais para alcançar o coração do homem. O resultado, é que as mentes dos homenssão desviadas para longe do Evangelho, ora para o pregador,ora para algum assunto completamente insignificante, que até afagam a alma, mas trazem consequências de dimensões catastróficas para a salvação do homem.
Aos Colossenses, Paulo também faz um alerta: “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo;” Cl.2.8
Nenhum poder de salvação eterna há na “sabedoria de palavras”, fora da Cruz de Cristo.Os ouvintes podem até levar para casa, belas filosofias, porções encantadoras de poesias,metáforas muito bem elaboradas e estórias divertidas, porém,isso não leva ninguém à eternidade com Deus.
Jamais devemos desviar os nossos olhos de Jesus. O governo está sobre os seus ombros. Ele é o Nosso Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (Is.9.6). Ele amorosamente reuniuem Seu corpo todos os filhos de Deus. Por isso, a importância da Obra da Cruz.“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” 2ª.Co.5.14-15.
“Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus. Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos. Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação. Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.”1ª.Co.1.18-24. Amém!
Mario Rocha Filho
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