25 de Janeiro de 2010 19:34:25
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Auto Posto Ariquemes

Data: 20/02/2019 Compartilhe esta notícia

O ENFRENTAMENTO DA PREDESTINAÇÃO

Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. Romanos 8:29.

          Vamos começar aqui estudando aquilo que é denominado na teologia como a ordo salutis ou a ordem da salvação. Na soteriologia, estudo da salvação do pecador, há uma ordem que se pode perceber como sendo a ação da Trindade no processo redentivo.

Os estudiosos não são unânimes nessa ordem, nem mesmo aqueles que esposam a mesma corrente teológica, por isso, podemos encontrar discordâncias. O que aqui vamos propor é uma ordem defendida por alguns pensadores reformados de origem batista do séc 19 na Inglaterra. A ordem da salvação é determinada de eternidade a eternidade.

Esta ordem pode ser vista assim: predestinação, eleição, chamada, justificação, regeneração, fé, arrependimento, santificação, perseverança e glorificação, “referindo-se a uma série de passos conceituais dentro da doutrina da salvação. Tem sido definida como um termo técnico da dogmática protestante para designar as etapas consecutivas no trabalho do Espírito Santo, na apropriação da salvação”.

De todas as doutrinas bíblicas nenhuma desperta tanta controvérsia ou mesmo provoca tanta perplexidade quanto a doutrina da predestinação. É uma doutrina difícil que exige ser tratada com o máximo cuidado e cautela. No entanto, é uma doutrina bíblica e, portanto, exige ser tratada com clareza. Não nos atrevemos a ignorá-la.

“Praticamente todas as igrejas cristãs têm alguma doutrina de predestinação. Isso é inevitável, uma vez que o conceito é claramente encontrado na Sagrada Escritura. Essas igrejas, entretanto, discordam, às vezes fortemente, sobre seu significado. A visão metodista difere da visão luterana, que discorda da visão presbiteriana. Embora os pontos de vista delas sejam diferentes, cada uma está tentando lidar com essa questão difícil”.

O que se quer dizer com a palavra predestinação em sua forma mais básica? É que nosso destino finale decidido por Deus não apenas antes de chegarmos lá, mas antes mesmo de nossa existência. Há uma predestinação para que alguns fossem conformados com a identidade de Cristo Jesus, antes da fundação do mundo.

É o ensino que nosso destino final está nas mãos de Deus. Que Deus é soberano e não tinha obrigação de criar o ser humano, nem de salvá-lo quando viesse a pecar. Outra maneira de dizer isso é: desde toda a eternidade, antes mesmo de existirmos, Deus decidiu criar o homem, sabendo que este iria cair, mas salvaria alguns membros da raça, deixando o resto da raça humana perecer no seu próprio pecado. (Deus não é o autor do pecado).

Deus fez uma escolha explícita - Ele escolheu algumas pessoas para serem salvas na bênção eterna no céu, passando por cima de outras e permitindo que elas seguissem as conseqüências de seus próprios pecados, para o tormento eterno.

Aceitar essa definição é comum a muitas igrejas. Porém, para chegar ao cerne da questão, é preciso perguntar: como Deus escolhe? A visão não-reformada, mantida pela vasta maioria dos cristãos, é que Deus faz essa escolha com base em sua presciência.

Deus escolhe para a vida eterna aqueles a quem Ele conhece que O escolherão. Isso é chamado de visão presciente da predestinação porque se baseia na presciência de Deus sobre as decisões ou atos humanos. Deus escolhe os que O escolheriam. A questão é: não há quem entenda, não há quem busque a Deus; Romanos 3:11. Nenhum!

“A visão reformada difere na medida em que vê a decisão final para a salvação repousar com Deus e não conosco. Nesta visão, a eleição de Deus é soberana. Não repousa sobre as decisões ou respostas previstas dos seres humanos. De fato, ela vê essas decisões como fluindo da graça soberana de Deus”. Se Deus não me escolhesse, eu não o escolheria.

A visão reformada sustenta que, deixado a si mesmo, nenhuma pessoa decaída escolheria Deus. Pessoas caídas ainda têm livre vontade e são capazes de escolher o que desejam. Mas o problema é que não temos desejo por Deus e não escolheremos a Cristo a menos que primeiro sejamos regenerados. A fé é um dom que vem do renascimento. Somente aqueles que são eleitos responderão ao evangelho por meio da fé.

Os eleitos escolhem a Cristo, mas somente porque foram escolhidos antes por Cristo. Como no caso de Jacó e Esaú, os eleitos são escolhidos unicamente com base no prazer soberano de Deus e não na base de qualquer coisa que tenham feito ou que façam.

O Espírito Santo declara por meio de Paulo o caso dos gêmeos: E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú. Romanos 9:11-13.

Muitos têm dificuldade em admitir a predestinação porque percebem injustiça da parte de Deus, por ter escolhido alguns, embora ao mesmo tempo eles propõem que só alguns podem escolher a Deus, já que nem todos o escolhem. Neste ponto, dão mais valor a decisão do homem caído no pecado do que a vontade soberana de Deus.

O problema vexatório com a predestinação é que Deus não escolhe ou elege para salvação a todos. É ofensivo para o ser humano caído que Ele se reserva o direito de ter misericórdia de quem Ele quiser ter misericórdia. As pessoas querem ter direito de poder escolher qualquer coisa, mas Deus não pode ter o direito de escolher quem Ele quiser.

A Bíblia porém indaga em relação a escolha Divina: Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia. Romanos 9:14-16.

Alguns da humanidade caída recebem a graça e a misericórdia da eleição, não porque merecem. O resto Deus passa por cima, deixando-os em seu pecado. Os não selecionados recebem justiça. Os eleitos recebem misericórdia. Ninguém recebe injustiça.

Deus não é obrigado a ser misericordioso com qualquer um ou com todos. É Sua decisão o quão misericordioso Ele escolhe ser. Contudo, Ele nunca é culpado de ser injusto com alguém, pois ninguém tem o direito de ser salvo. A salvação é um ato da graça plena.

“Deus o Pai escolheu soberanamente os seus eleitos antes do princípio do tempo, muito antes de qualquer pessoa ter nascido ou de ter crido em Cristo. A seguir o Pai deu de presente aqueles eleitos na eternidade ao Seu Filho Amado”: Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei... E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas os ressuscite no último dia". - João 6.37-39.

“Como um construtor desenha seus planos antes de começar a construir, assim o grande e eterno Arquiteto predestinou tudo antes de uma simples criatura ser chamada a existência. Nem Deus guardou este mistério oculto em Seu próprio seio, mas foi do Seu agrado fazer conhecido em Sua Palavra, os eternos conselhos de Sua graça, Seu desígnio, nos mesmos, e o grande fim que Ele teve em vista”, afirmou com sabedoria A. W. Pink.

Para o grande erudito inglês F. F. Bruce, “o amor de Deus que predestina é recomendado mais pelos que vivem vidas santas e assemelham-se a Cristo, do que por aqueles cujas tentativas para desvendar esse mistério assemelham-se às atitudes de quem destrói qualquer lógica.” E o reformador Martinho Lutero acrescenta com precisão: “todas as objeções à predestinação procedem da sabedoria da carne.”

Deus predestinou todas as Suas criaturas para Seus propósitos. Como disse A. W. Pink, “acuradamente falando, eleição é um ramo da predestinação, o último sendo um termo mais abrangente do que o primeiro. Predestinação se relaciona com todas as criaturas, coisas e eventos; mas eleição é restrita aos seres racionais - anjos e humanos”.

No próximo estudo estaremos abordando mais diretamente a questão da eleição. Terminamos agora com este pensamento de Spiros Zodhiates: “A soberania de Deus não é arbitrariedade, como alguns a julgam erroneamente, pois Deus tem suas razões, baseado em sua sabedoria absoluta e infinita, as quais nem sempre decide revelar.”

 
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