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A ministra do planejamento e orçamento, Simone Tebet, elogiou hoje, 2, “as mãos competentes e equilibradas” do senador Confúcio Moura (MDB-RO) na presidência da Comissão de Serviços de Infraestrutura.
No plenário da reunião conjunta entre a Comissão de Infraestrutura e a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo ao comentar potencialidades de cada região e soluções de logística, a ministra lembrou que o Brasil não tem cultura de planejamento de seu destino: “Há um vácuo desde o ministro Celso Furtado”, reconheceu Simone Tebet.Entre 1953 e 1955, Furtado presidiu no Rio de Janeiro o Grupo Misto CEPAL-BNDES, que elaborou o estudo sobre a economia brasileira que serviria de base para o Plano de Metas do governo de Juscelino Kubitschek. CEPAL foi a Comissão Econômica para América Latina e o Caribe.
“Se há 30 anos esse projeto era mera utopia, hoje se torna realidade”, frisou Simone Tebet na abertura da reunião.
Competitividade
O senador Confúcio mostrou a necessidade de se apurar necessidades existentes e equilíbrio nos investimentos. O senador Marcelo Castro (MDB-PI apontou a falta de planejamento no País, que ocorre há alguns anos.
“Somos grandemente competitivos da porteira para dentro, mas perdemos essa competividade quando temos a carência de portos, e aeroportos e necessitamos estimular mais no País as ferrovias, notadamente a rota bioceânica que levaria produtos do Brasil Central para os portos do Pacífico, o que torna importante o balanço dos custos e dos preços”, analisou Castro.
Tebet, igual JK
Confúcio comparou a atuação da ministra ao que fez Juscelino, abrindo rotas de desenvolvimento no Brasil. Da mesma forma, lembrou que o ex-governador do Estado de São Paulo e ex-senador, Franco Montoro, já idoso, conseguiu trabalho semelhante.“Há 40 anos, Luiz Tourinho, Miguel de Souza, e outros empresários de Rondônia tiveram experiência e escreveram livros sobre a rota 3; agora a ministra Simone descortina outras perspectivas de desenvolvimento para nossa região”, disse Confúcio.A ministra enfatizou a Bolívia, produtora de fertilizantes e sem acesso ao mar. “Nós temos comida para entregar a eles”, destacou ao lembrar a importância da rota 3.
Ela previu que a ponte internacional (Rondônia-Beni) em Guajará-Mirim, “sonho antigo”, levará dois anos e meio para ficar pronta. “A maior desigualdade no Brasil está nas fronteiras, e eu conheço todas elas”, revelou.Simone e o presidente Lula também estão dando especial atenção à região de Cáceres, outra fronteira com a região da Chiquitânia, Bolívia.
Projeto de País e integração latino-americana
“O PAC é projeto de País, está inacabado, começou com diversas mãos, e só terminará quando percorrermos todos os estados de fronteira. As cinco rotas de integração sul-americana não são concorrenciais, o Brasil é um País continental.”, sinalizou a ministra.
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