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Auto Posto Ariquemes

Data: 15/04/2014 Compartilhe esta notícia

PORTO VELHO: Medida autoriza permanência provisória de animais no Abrigo Único

Animais abandonados na região do Baixo Madeira começaram a ser resgatados esta semana por voluntários. (Foto: Suzi Rocha/G1)
Cães, gatos e outros animais domésticos, que foram resgatados junto com seus donos, de áreas alagadas pela cheia histórica do Rio Madeira, em Porto Velho, estão sendo levados para o Abrigo Único, montado pela Defesa Civil no Parque dos Tanques, em Porto Velho. A medida é emergencial e não deve durar por muito tempo, segundo o Corpo de Bombeiros. Inicialmente, o acesso de animais na área cedida para os desabrigados seria proibido, mas a situação foi reavaliada temporariamente, depois que algumas famílias questionaram a decisão. “A permanência dos animais no Abrigo Único ainda não tem prazo definido, mas não será por muito tempo”, disse o diretor de comunicação do Corpo de Bombeiros, coronel Gilvander Farias.
Sem nenhuma ação específica para reverter a situação, a Defesa Civil está orientando os desabrigados a buscarem alternativas para não se desfazerem dos cães e gatos, optando, por exemplo, em deixá-los em casa de parentes, até que o Rio Madeira baixe a ponto de permitir que todos voltem para casa. Caso as famílias insistam em manter os animais no local, eles poderão ser colocados para adoção.
Na ONG Amigos de Patas, que chegou a resgatar, diariamente, cerca de 70 animais, desde o início da enchente há dois meses, não há mais espaço para abrigar os bichos, porém Clotilde Brito, presidente da ONG, afirma que não se negará a receber cães e gatos do Abrigo Único, desde que não sejam muitos. “O abrigo está lotado e nossas condições financeiras não são boas, infelizmente. Podemos pegar os bichos com a condição de que o dono venha buscar quando o rio baixar, mas antes, devem tentar deixá-los na casa de familiares por enquanto”, disse Clotilde.
No distrito de São Carlos, no Baixo Madeira, o desabrigado Isaac dos Santos, conhecido na região pelo trabalho voluntário de resgate de animais de rua, conta que resgatou cerca de 400 cães e gatos durante a cheia. Com a ajuda de um veterinário, que se responsabilizou pelo transporte, os bichos foram encaminhados para o Centro de Controle de Zoonoses, em Porto Velho, e também para a ONG Amigos de Patas. "Eles até poderiam ter vindo com os donos para a escola onde estamos abrigados, pois a Defesa Civil permitiu, mesmo com algumas restrições. Acontece que não houve tempo, o rio subiu rápido demais e as famílias saíram às pressas. Eu fiquei ainda muitos dias morando sobre um flutuante, porque tinha que continuar o resgate dos bichos pra não morrerem afogados", conta Isaac.No dia 6 de abril, 50 animais foram disponibilizados para adoção, durante uma feira realizada em um parque da cidade, e todos ganharam um novo lar. No dia 27 de abril está prevista outra feira de adoção, no mesmo local, para pessoas interessadas em adotar cães ou gatos. A presidente da ONG pede a ajuda da população com doações de ração, água, medicamentos e material de limpeza.
O Corpo de Bombeiros informou ainda que a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) já foi comunicada sobre o possível encaminhamento de animais ao Centro de Controle de Zoonoses da capital, caso os donos insistam em mantê-los no Abrigo Único. O G1 tentou contato com a Semusa, mas não obteve retorno.
FONTE: G1
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