ARIQUEMES: Greve na Educação - Prefeito de Ariquemes corta pagamento dos servidores da Educação
Mais uma vez a atual gestão do Executivo de Ariquemes, se mostra despreparado para contornar os impasses do governo, neste dia 25 os servidores da educação tiveram seus pagamentos suspensos devido ao movimento grevista iniciado no último dia 06, segundo informações do Sindicato, fato como este há muito tempo não acontecia em Ariquemes, uma vez que os demais gestores sempre respeitaram a educação e jamais deixara a crise chegar a este ponto.
Se o executivo com tal atitude esperava o retorno dos servidores, o efeito foi contrário, pois os mesmos além de terem os menores salários do executivo, agora se mostram revoltados com o descaso e a maneira falha de administrar da atual Secretária de Educação e do prefeito Lorival Amorim.
O Sindicato já acionou o jurídico da entidade, para analisar a situação e entrar com representação contra a atitude do executivo, isso porque foi realizado desconto em folha do mês inteiro, no entanto a greve tem apenas 19 dias.
Com contracheques em mãos servidores foram à prefeitura
Com contracheque em mãos servidores, fizeram questão de mostrar o líquido e os descontos realizados pela prefeitura, alguns receberam apenas R$ 4,80 ou R$ 23,00 estes eram os valores em média dos contracheques dos servidores.
A indignação despertada pela iniciativa do executivo fez com que os servidores fossem até a prefeitura, mesmo sabendo que não seria recebidos nem pela Secretária, Debora Raposo ou ainda pelo prefeito, fizeram questão de irem até o prédio para mostra a imprensa e a toda sociedade a maneira de como a atual gestão lida com a classe da educação.
Os servidores fizeram uma carreata pelo centro da cidade e entraram no prédio até o gabinete do prefeito. O clima de apreensão foi grande por parte de quem estava na prefeitura, no entanto foi uma manifestação tranquila e pacífica por parte dos servidores, no entanto não podemos dizer o mesmo dos representantes do governo que acionaram o GOE (Grupo de Operações especiais) da Polícia Militar para se dirigirem ao prédio, os servidores sentiram-se mais uma vez desrespeitados em seus direitos, muitos diziam que não eram “bandidos” para serem recebidos pela polícia. “Nós precisamos é de proteção, disse uma servidora, indignada com a presença da Polícia Militar e da guarda municipal.
Comprometimento do ano letivo
Sem salários os servidores não tem a obrigatoriedade de repor as aulas deste período de greve, uma vez que não receberam para isso, assim automaticamente o calendário do ano letivo já está comprometido, a atitude tomada foi muito infeliz pois penaliza não só os servidores, mas também a comunidade escolar que será prejudicada com perca de mais de 30 dias no calendário deste ano.
Não é apenas por aumento salarial
Em contato com os servidores paralisados, obtivemos informações que reivindicações como melhorias físicas nas escolas fazem também parte da pauta, bem como manutenção da parte elétrica de diversas delas que se encontra em problemático estado, colocando em risco professores e alunos ou ainda as precárias salas de aula sem ar condicionado com número excessivo de alunos, fatores estes que comprometem todo o processo de ensino que por excelência deveria ser olhado com mais zelo pelos representantes do povo que estão no poder eleitos para representar e cuidar do bem público.
Vereadores omissos
Diante do impasse os servidores parecem estar sozinhos, uma vez que nem a Câmara de vereadores tem autonomia ou força de vontade para ajudarem neste impasse que já vai para um mês. Na prefeitura estavam dois dos vereadores eleitos na última eleição, Loro da Sucam e Farofa que assim que viram os servidores saíram sem dar satisfação ao movimento dos servidores.
Entenda o caso
No ano passado as justificativas da prefeitura, em relação às reivindicações do funcionalismo da educação, era a queda na receita e a restrição da lei de responsabilidade fiscal quanto aos gastos com pessoal. Esse ano, sem essas mesmas justificativas (que não aconteceram) o executivo municipal apelou feio, e sem diálogo com a classe, logo no início da greve, já tratou de entrar com ação judicial alegando que a greve é ilegal.
O Tribunal de Justiça de Rondônia deu liminar favorável à prefeitura. O Sintero recorreu. E os professores aguardam pelo julgamento final do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo os dirigentes do Sintero, Metilde Alves Pena e Reinaldo Guimarães, se o STF der parecer favorável à classe, a greve continuará por tempo indeterminado.
A prefeitura alega que já deu um aumento de 8,32%. Os professores dizem que foi dado aumento de 6% para todos os funcionários públicos municipais e mais 2,32% referente ao piso nacional do professor. E aí, afirmam que esse aumento não é uma dádiva dada pela administração municipal, teria que ser dado mesmo por força de lei federal.
Os professores reivindicam um aumento de 19%, e também, a correção dos vencimentos dos técnicos que tem vencimentos menores que o salário mínimo, adequação do plano de carreira, gratificação aos técnicos que fizeram capacitação na área, programa de formação continuada, melhores estrutura e condições de trabalho, regularização da gratificação especial, aquisição de novos ônibus escolar e a liberação da licença prêmio.
FONTE: ASSESSORIA SINTERO