VILHENA: Professor e historiador tira a própria vida com tiro no peito e deixa carta a um amigo

O professor, historiador e funcionário público, Emmanoel Gomes (46), foi encontrado morto com um tiro no peito em uma fazenda localizada a 55 quilômetros de Vilhena, sentido Pimenta Bueno. O crime aconteceu por volta das 13h desta terça-feira (16) e segundo a Polícia, trata-se de um suicídio.

De acordo com o que foi declarado à Polícia Civil, Emmanoel teria pedido para o caseiro da fazenda uma arma que havia no local e que pertencia ao antigo proprietário da terra. Sem imaginar do que se tratava, o caseiro atendeu ao pedido e voltou aos seus afazeres. Momentos depois, o professor teria cometido o suicídio embaixo de uma laranjeira.

Antes de concretizar seu objetivo, Emmanoel preparou uma carta e a entregou ao caseiro, pedindo-o para que fosse entregue a um amigo, Paulo de Assis Pereira. Em tal ação, o professor teria dito que o papel se tratava de um documento do Fórum, não despertando desconfiança ao trabalhador. Só após o suicídio e que se descobriu que o documento era na verdade uma declaração em que relatava o motivo de tomar a atitude. A carta foi entregue aos agentes da Polícia Civil, que a mantém em sigilo.

Segundo amigos, Emmanoel estava na propriedade há alguns dias com a pretensão de descansar. Eles revelaram ainda que o professor estaria passando por alguns problemas pessoais, mas que também não foram revelados. Na página de relacionamentos da internet, muitos amigos e conhecidos prestam homenagens ao professor.

Emmanoel Gomes foi autor de diversos livros sobre a história de Rondônia, entre eles “Porto Velho, a cidade erguida nos trilhos da esperança” e “Um novo olhar sobre a história regional de Rondônia”. Era membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL), integrante e colaborador da Fundação Cultural de Vilhena, além de lecionar em cursos preparatórios para vestibular e concursos públicos.