Deputado Coronel Chrisóstomo apresenta requerimentos que ampliam investigações da CPMI do INSS

O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) apresentou, na última segunda-feira (1º), requerimento para convocar o presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, a prestar depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS.
O pedido foi aprovado nesta quinta-feira (4). A iniciativa surgiu após a Defensora Pública da União, Patrícia Bettin Chaves, levantar dúvidas sobre a condução do acordo de devolução de valores a aposentados, mencionando falhas e possível uso político do processo.
Na sessão desta quinta-feira a CPMI aprovou também a investigação sobre o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), que tem como vice-presidente José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os requerimentos solicitam acesso às contas bancárias utilizadas pela entidade e a relação de pessoas que atuaram por meio de procurações entre 2015 e 2025, em meio às apurações sobre descontos ilegais em benefícios previdenciários.
Coronel Chrisóstomo reforçou a seriedade dos trabalhos do colegiado e criticou a omissão do governo diante de denúncias já conhecidas. “Estamos na oitiva de uma doutora da CGU e muito interessante está sendo o depoimento dela. Desde 2005 ela vem trabalhando nessa questão do roubo dos aposentados e a CGU já tinha conhecimento sobre isso.
Em 2024, o órgão informou ao ministro da Previdência e ao presidente do INSS. Sabe o que o governo fez? Nada. Abafaram o caso. Agora, o trabalho da CPMI está sendo muito bom, porque o que queremos é justiça para todos os nossos velhinhos, não só de Rondônia, mas de todo o Brasil”, afirmou.
Além do Sindnapi, os parlamentares aprovaram pedidos de investigação contra Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado pela Polícia Federal como um dos operadores do esquema. A CPMI pretende rastrear movimentações financeiras internacionais em seu nome, veículos apreendidos e ainda identificar gabinetes da Câmara e do Senado que ele frequentou entre 2019 e 2025.
Com as novas medidas, a CPMI amplia o escopo das apurações, envolvendo entidades e pessoas ligadas a um esquema bilionário de fraudes contra aposentados e pensionistas em todo o país.
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FONTE: ASSESSORIA