25 de Janeiro de 2010 19:34:25
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Data: 12/08/2020 Compartilhe esta notícia

A PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO

Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. Lucas 18:9-10.

Esta parábola é dirigida às pessoas que se orgulham de serem justas aos seus próprios olhos e que desprezam todas as outras como inferiores. Ao designar o primeiro como fariseu, o Senhor não deixou dúvidas quanto à classe particular das pessoas a quem estava se dirigindo. É um tipo esnobe que tenta se destacar pela sua performance externa.

Embora o fariseu tenha passado por momentos de oração, realmente não estava falando com Deus, mas se vangloriando de suas próprias realizações morais e religiosas. Em vez de se perceber pelo padrão perfeito de Deus e ver como ele realmente era pecador, se comparava com os outros membros da comunidade e se orgulhava de ser melhor.

O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.Lucas 18:11-12.

A oração deste sujeito não pode ser considerada como verdadeira oração, uma vez que, orar é falar com Deus e ele só falava de si para si mesmo. O que estava fazendo era uma brincadeira de jogar bumerangue ao ar. O seu exercício de oração tinha a ele mesmo como intercessor e deus concomitantemente. Era penitente e providente ao mesmo tempo.

Sua repetição frequente do pronome pessoal Eu revelava o verdadeiro estado de seu coração como vaidoso e auto-suficiente. Sua postura empinada demonstrava seu estilo arrogante. Sua comparação com os demais homens evidenciava seu porte pernóstico. A sua gratidão não passava de hipocrisia e a enumeração dos seus feitos de presunção.

Os religiosos, normalmente, gostam de propagandear os seus empreendimentos e dar relatórios dos acontecimentos que lhes dizem respeito, com o fim de se projetarem. Mas nada pode ser mais contrário ao espírito de Cristo do que tentar usar seus feitos para se glorificar, e, com isso, ostentar reconhecimento perante os outros.

O jejum para os judeus está previsto, por lei, somente "o grande jejum", no dia da Expiação, "Yom Kippur" (Lv 16:29-31), que era celebrado no equinócio de outono e as pessoas podiam jejuar quando achassem relevante, mas este religioso jejuava duas vezes por semana, além de botar a boca no trombone propalando-o, coisa que Jesus condenava.

Tanto a oração como o jejum deste fariseu não passavam de rituais exibidos que não representavam qualquer realidade espiritual. A oração e o jejum antes de serem reais atos da crença, são legítimas atitudes do espírito, só valem se estiverem antes no íntimo.

O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!Lucas 18:13.

Publicanos ou cobradores de impostos eram os tipos mais odiados pelos judeus da época, pois prestavam um serviço a Roma cobrando impostos. Poucas coisas são mais desagradáveis do que pagar impostos para governos corruptos e perdulários. O povo judeu é especialista em cobrar juros com os seus bancos, mas não gosta de pagar impostos.

O cobrador de impostos foi um contraste marcante nesta parábola, e diante de Deus, sentiu sua própria indignidade, humilhando-se ao pó e nem sequer levantou os olhos aos céus, mas bateu no peito e clamou a Deus por misericórdia. Ele não se considerava um pecador dentre muitos, mas o pecador que não era digno de nada diante de Deus.

O que caracteriza a vida cristã autêntica não é apenas o perdão dos pecados, mas a consciência de ser o principal dos pecadores. Ainda que todos os meus pecados já tenham sido perdoados, não posso desconsiderar que sou o pior pecador que já foi salvo. É esta consciência que nos mantém humilhados perante o trono da graça.

Nada pode ser mais perigoso para quem já foi salvo do que se achar especial e digno de sua salvação. Creio que fui salvo e perdoado de todos os meus pecados, porém, eu sou o príncipe dos pecadores, como disse o apóstolo Paulo. Ninguém pode ser salvo sem a sua real e permanente consciência de indignidade.

Eu sei que há pecadores mais cruéis que eu, embora não saiba quão cruel sou, já que o coração é enganosomais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?Jeremias 17:9. O que sei é: se não fosse a misericórdia e a graça de Deus, não haveria qualquer possibilidade para a minha salvação.

Agora vejamos o que Jesus disse do publicano e do fariseu em questão. Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.Lucas 18:14.

A descrição fala por si só. O cobrador de impostos, geralmente era considerado um político ganancioso, cujos negócios dependiam muito de se unir ao desprezado governo romano, mas aqui ele era um dos párias sociais proeminentes como destinatários da graça de Deus. A sua justificação foi imediata, concedida por Deusem contraste com a fantasia de auto-justificação que futilmente o fariseu exibia.

O leitor moderno provavelmente não sentirá o mesmo impacto dessa história como um leitor do primeiro século a sentia. Nós pensamos nos fariseus como hipócritas e nos cobradores de impostos como aquelesque poderiam receber a graça de Deus. Mas os ouvintes originais de Jesus teriam pensado o contrário: eram os piedosos fariseus que mereciam ser aceitos por Deus. Aqui está algo que feria a cultura da época de Jesus.

O Senhor Jesus lembrou aos seus ouvintes que o espírito de humilhação e real arrependimento é o único aceitável a Deus. Ao contrário do que as aparências humanas podem indicar, o cobrador de impostos foi justificado para a sua casa e não o fariseu.

Deus exalta os humildes, mas humilha aqueles que se exaltam. Aqui está a base do Evangelho de Jesus Cristo, a humildade real. Como disse G. Campbell Morgan, “todos os tronos de Deus são alcançados descendo-se as escadas,” assim como Jesus, que se humilhou e desceu, sendo este o único modelo para a verdadeira vida cristã.

O teólogo recentemente falecido J. I. Packer disse: “Só depois que nos tornamos humildes e ensináveis e permanecemos extasiados diante da santidade e soberania de Deus... reconhecendo nossa pequenez, desconfiando de nossos pensamentos e desejando ter a mente humilhada, é que podemos adquirir a sabedoria divina.”

A religião procura exaltar o sujeito, mas o Evangelho o destrona. Os religiosos se exaltam, enquanto os ‘evangélicos’ se humilham. Se você vir um ‘evangélico’ se enaltecer, saiba que é fake, não passa de um fariseu disfarçado. A grandeza espiritual de qualquer crente em Jesus é a medida de sua capacidade de rendição e humildade.

A religião é tudo aquilo que o ser humano faz na tentativa de se tornar aceitável diante de Deus. Como o pecado nos separou de Deus, a religião busca nos religar com Ele. Enquanto o Evangelho apresenta o que Cristo fez e faz para nos reconciliar com Deus. A religião estimula as obras meritocráticas para a salvação do pecador, o Evangelho, porém, depende apenas da graça de Deus para a aceitação do mais indigno pecador.

O fariseu se estimava condecorando-se com suas “medalhas” de honra ao mérito e seus títulos de nobreza. Isto é característica de justiça própria que impede a justificação por meio de Cristo. Aquele que se justifica pelos seus méritos, jamais será justificado pelos méritos de Cristo. Paulo diz: Porque de nada me argúi a consciência; contudo, nem por isso me dou por justificado, pois quem me julga é o Senhor.1 Coríntios 4:4.

John R. W. Stott afirmava: “quem não entende a palavra "justificado" não entende o cristianismo.” E, Hugh Latimer dizia: “precisamos ser feitos bons antes de poder fazer o bem; precisamos ser feitos justos antes que nossas obras possam agradar a Deus - somente depois de sermos justificados pela fé em Cristo é que as boas obras vêm.”

O publicano voltou justificado para a sua casa, quando se reconheceu pecador, mas é bom lembrar que “justificação e santificação são diferenciáveis, mas não separáveis.” Para Iain H. Murray, “de acordo com a Escritura, é impossível ser justificado pela fé e não experimentar o começo da verdadeira santificação, pois a vida espiritual transmitida pelo Espírito no ato da regeneração (que introduz o novo poder para crer) tem afinidade moral com o caráter de Deus e contém em si o embrião de toda a santidade.” Aleluia, amém.


 Glenio Fonseca Paranaguá

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