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No período de sete anos (2007 a 2014), o número de novos casos de hanseníase diminuiu de 1.166 para 706 em Rondônia. Porto Velho, Ariquemes e Ji-Paraná são os três municípios onde a doença está mais presente.
“Hanseníase tem cura, o diagnóstico precoce evita deformidades”, alertou a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase na Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Marlene Salete dos Santos.
Segundo ela, o Estado teve 88,8% de cura nos anos da Coorte (estudo da situação dos casos em determinado período). O exame de contatos intra-domiciliares alcançou 82,6% e a avaliação de incapacidades físicas no momento do diagnóstico, 95,5%.
Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano são encontrados, em média, 40 doentes de hanseníase por 100 mil habitantes. Para o controle da doença deveria ter 10 ou menos que 10 doentes nesses 100 mil.
“Esse índice é considerado endêmico em Rondônia. Outro indicador que nos coloca em situação de endemia é a detecção da doença em crianças, que em 2013 foi de 13.4/100 mil”, explicou a coordenadora.
Apesar de todos os cuidados e dos esforços federal e estadual, estima-se que 30% dos pacientes acometidos por hanseníase, mesmo depois do tratamento com a associação de antibióticos conhecida por poliquimioterapia (PQT), estão sujeitos a fenômenos imunológicos agudos chamados episódios racionais ou reação hansênica.
CINCO REGIÕES MOBILIZADAS
Para atualização do manejo clínico dos estados reacionais em hanseníase, a Agevisa reunirá, do dia 7 ao dia 9, profissionais de saúde das Regionais Madeira-Mamoré, Vale do Jamari, Zona do Café, Zona da Mata e Cone Sul, respectivamente em Porto Velho, Cacoal e Ji-Paraná.
Eles participarão de palestras com especialistas do Ministério da Saúde, Instituto Lauro de Souza Lima (Bauru-SP) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Esse evento faz parte do Dia Estadual de Mobilização para o Tratamento da Hanseníase, celebrado em 7 de julho, data de nascimento da enfermeira Wally Hirschmann, já falecida.
“Graças ao compromisso dessa enfermeira, o Programa Estadual de Controle da Hanseníase começou a ser estruturado na década de 1990, e tivemos importantes conquistas”, assinalou Marlene dos Santo.
A coordenadora se refere ao reconhecimento de Rondônia como referência nacional e internacional em reabilitação física na hanseníase. Sob a orientação e liderança de Wally, o Estado obteve parcerias que até hoje persistem, uma delas com a organização holandesa NHR.
“A campanha estadual começa no dia 7, mas se estenderá por todo o mês, e as ações durante o ano todo”, informou Marlene.
Municípios rondonienses dependem atualmente do programa estadual para formalizar parcerias de capacitação de equipes de estratégia de saúde da família (ESF) e atualização de profissionais por meio de fóruns e seminários. A Agevisa supervisiona os municípios com apoio técnico e logístico, especialmente em mutirões de atendimento.
Ações de controle da doença são atribuições da atenção básica em saúde, nos postos e centros. Compete à Coordenadoria planejar a distribuição de medicamentos, acompanhar indicadores e desenvolver ações para melhorá-los. O tratamento é ambulatorial, com doses mensais supervisionadas na unidade de saúde e doses auto-administradas no domicílio.
SINAIS, SINTOMAS E TRANSMISSÃO
? A doença é infecciosa, atinge a pele e nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo. Pode variar de 2 até mais de 10 anos.
? A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar – MB) e que, estando sem tratamento, elimina o bacilo por meio das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros).
? Hanseníase não se transmite por meio de pratos, talheres, copos. Desnecessário separá-los da pessoa que tem a doença. Isso também não ocorre quando se dão apertos de mãos, abraço, beijo e contatos rápidos em transporte coletivo ou serviços de saúde.
? Sinais e sintomas: manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda de alteração de sensibilidade; área de pele seca e com falta de suor; área da pele com queda de pelos, especialmente nas sobrancelhas; áreas da pele com perda ou ausência de sensibilidade; dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços das pernas, inchaço de mãos e pés.
Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Esio Mendes
Decom - Governo de Rondônia
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