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Após 10 dias nos Estados Unidos, os oito adolescentes escolhidos para participar do intercâmbio cultural do Projeto Histórico Educacional Rondon-Roosevelt promovido pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e Embaixada Americana, retornaram para Rondônia com as bagagens cheias, não só de agasalhos e bugigangas, mas nova visão de mundo e conhecimentos que levarão para o resto da vida.
Os estudantes, junto com dois professores, partiram de Porto Velho no dia 10 deste mês rumo a Washington D.C., capital do país norte-americano, e o primeiro estado dos três que eles visitariam até o fim do intercâmbio – Dakota do Norte, Dakota do Sul e Nova Iorque. O grupo foi recebido pelos representantes da empresa de intercâmbio World Learning, que apresentaram os guias da viagem e ministraram palestras sobre as diferenças culturais entre os dois países.
Durante os três dias que ficaram na cidade, os alunos foram a um parque para realizar a atividades e ter uma aula de inglês de sobrevivência, visitaram a Casa Branca e Ilha de Theodore Roosevelt, onde brincaram de caça ao tesouro. Para Leonardo Brito, aluno de Ji-Paraná, o passeio na ilha foi um dos momentos que ele mais gostou da viagem. “A gente se dividiu em duas equipes e tivemos que fazer um trabalho em grupo, então acabamos aprendemos a respeitar as opiniões dos outros. Fora o contato com a natureza, que era linda”, enfatiza.
O grupo seguiu para Dakota do Norte onde conheceu o Parque Nacional Theodore Roosevelt e chegou ao topo de uma montanha para assistir ao pôr-do-sol. A opinião é unânime sobre ter sido o momento mais emocionante da viagem. “Todos fizeram silêncio e tivemos um momento de reflexão. Foi uma hora bem emocionante para todo mundo”, lembra Leonardo.
No Dakota do Sul, os adolescentes visitaram o rancho que era de propriedade de Roosevelt e puderam conhecer um pouco mais sobre a vida pessoal do ex-presidente americano. “Ele [Theodore Roosevelt] quis comprar o tal rancho para se isolar da sociedade após a morte da mãe e esposa no mesmo dia”, conta Tayna Andrade, aluna de Ji-Paraná. O grupo também conheceu duas escolas de Ensino Médio da cidade com direito a assistir a uma aula de química no local.
Nova Iorque era a última parada para os alunos-intercambistas e também a mais corrida. Vânia Sales, uma das coordenadoras do projeto, diz que os alunos conheceram diversos lugares em um dia só. “Conhecemos a Times Square, o Museu Americano de História Natural – que é igualzinho ao filme ‘Uma noite no museu’ –, Central Park, memorial das Torres Gêmeas, fizemos um passeio de barco para ver a Estátua da Liberdade de perto e de noite ainda fomos ao topo do Empire State Building”, comenta.
Ao fim da viagem, Leonardo declara que cresceu bastante, tanto com a parte cultural como de conhecimento. “Eles têm um material rico sobre o Roosevelt, o aprendizado de verdade que eu tive foi lá, na prática”, conta o garoto, ressaltando que o seu inglês melhorou bastante. Tayná afirmou que, com o contato com a nova cultura, ganhou uma nova visão das coisas. “A gente visitou quatro estados diferentes, então eram quatro culturas diferentes, e cada uma com sua qualidade”, pondera.
Vânia conta que o intercâmbio foi necessário para os alunos perceberem as diferenças entre as culturas do Brasil e dos Estados Unidos e ganhar responsabilidade. “Vi que eles começaram a valorizar mais as coisas brasileiras, porque há falhas, mas também há muita qualidade. A visão de todos mudou”, garante.
Projetos e parceria
O projeto foi desenvolvido pela Seduc com total apoio e parceria da Embaixada dos Estados Unidos, que custeou todas as despesas do grupo formado por alunos e professores rondonienses. As despesas com passagens, hospedagem, alimentação e transporte em território brasileiro foram pagas com recursos próprios da Seduc.
Para o secretário de Estado da Educação, Emerson Castro, o intercâmbio amplia os horizontes dos jovens alunos. “Eles podem conhecer políticas públicas, a consciência cidadã em países mais desenvolvidos e se tornarem semente de transformação não apenas como profissionais, mas até como agentes políticos no futuro, replicando em nosso estado as boas práticas que eles viram lá fora”, afirma Emerson.
Concurso de redação
Os alunos participaram do concurso de redação do Projeto Histórico Educacional Rondon-Roosevelt no início do ano e tiveram seus textos selecionados para serem contemplados com um intercâmbio cultural aos Estados Unidos. As redações abordaram a Expedição Científica Rondon-Roosevelt, realizada entre 1913 e 1914, quando Mariano Cândido Rondon e Theodore Roosevelt se aventuraram na Amazônia para ‘descobrir’ a nascente e a foz do então Rio da Dúvida – hoje batizado como Rio Roosevelt, em homenagem ao ex-presidente americano.
Fonte
Texto: Halex Frederic - Assessoria Seduc
Fotos: Projeto Rondon-Rosevelt - Seduc
Decom - Governo de Rondônia
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