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Data: 17/03/2014 Compartilhe esta notícia

PORTO VELHO: Dilma Rousseff diz que Estrada Parque é fundamental para Guajará e Nova Mamoré

A presidenta da República Dilma Rosseff disse neste sábado (15), em Porto Velho, que a abertura da via para a circulação de veículos pela Estrada Parque é o meio mais viável para que os municípios de Nova Mamoré e Guajará Mirim saiam do isolamento em que se encontram em decorrência da enchente do rio Madeira. Os dois municípios têm problemas para receberem suprimentos por via terrestre porque a BR-425 está interditada. Dilma Rousseff também revelou que o Ministério da Integração Nacional reconheceu o estado de calamidade pública no município
Ela foi recepcionada na Base Aérea de Porto Velho por autoridades de diversos setores. Acompanhada de uma comitiva que inclui os ministros Arthur Chioro,  da saúde, e Francisco Teixeira, da Integração Nacional; o secretário nacional da Defesa Civil, general Adriano Pereira Júnior , além do senador Valdir Raupp e deputada federal Marinha Raupp, a presidenta Dilma Rousseff veio a Porto Velho para sobrevoar as áreas inundadas pela enchente na região do Baixo Madeira e área central da capital. A viagem durou pouco mais de 40  minutos.
Avaliação
Ao retornar à Base Aérea, a presidente participou de uma reunião técnica, em que foram apresentados dados sobre a enchente do rio Madeira, que já desabrigou 779 famílias até sexta-feira (14) e desalojou outras 1.699. Dilma Rousseff também foi informada sobre os impactos provocados pelo desastre na economia, setores  de transportes e saúde, entre outros.
Ao sair da reunião, a presidenta da República disse a jornalistas que decidiu vir a Porto Velho depois de receber, em Brasília, o governador Confúcio Moura e a bancada federal do estado, além dos prefeitos dos municípios atingidos pelo fenômeno. Disse que a Estrada Parque,  no município de Nova Mamoré é fundamental para tirar a região do isolamento e revelou  que o advogado geral da União, Lúcio Adams, fará esforços para viabilizar a parte jurídica que ainda emperra a obra. “Por esta via passarão combustível e alimentos para atender as famílias que estão no isolamento”, esclareceu Dilma Rousseff.
Ela também destacou que o país dispõe de mecanismos para enfrentar estas situações, como o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres, que permite aplicar ações de asisstência e resgate, passando à fase de reconstrução com obras de reestruturação para que sejam menores os impactos em outros eventos semelhantes. “Desastre não se controla, mas é possível agir para resistir melhor a ele”, exemplificou.
“Fantástico”
Além de enumerar mecanismos que poderão servir para ajudar o estado, como os programas sociais de habitação, que darão moradia às famílias que ficaram desabrigadas, a presidente citou que há outros meios que o governo federal dispõe para socorrer a população impactada.
Usinas
Depois de explicar que os órgãos de monitoramento climático apontam que há 30 anos não eram registradas chuvas tão intensas no rio Beni, na Bolívia, que deságua no rio Madeira, a presidenta Dilma Rouseff  deu ênfase na afirmação de que “é um absurdo” atribuir os problemas da enchente às hidrelétricas construídas na capital. Ela explicou que os empreendimentos são criados para utilizar fio de água, que não armazenam  água do rio para formar reservatórios.
“Devemos ter orgulho do rio Madeira. Se hoje ele apresenta um problema, no restante do tempo é a solução para o país quando é o meio de transporte para a safra de grãos”, acrescentou a Dilma Rousseff.
FGTS
Antes de embarcar, a presidente afirmou que a partir de quarta-feira (19) as pessoas atingidas pela enchente e devidamente cadastradas poderão sacar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),haverá  o perdão da dívida dos ribeirinhos  e a extensão do seguro-defeso (o salário que os pescadores recebem durante o período em que a pesca é proibida) por mais três meses.
Sensibilidade
O governador Confúcio Moura considera que a visita da presidente Dilma Rousseff foi positiva e que ela é sensível aos problemas de Rondônia, o que ficou demonstrado, segundo ele, ainda na audiência ocorrida em Brasília, no decorrer da semana.
Para o governador, o reconhecimento do estado de calamidade pública no município de Porto Velho vai agilizar as ações necessárias para atender as comunidades impactadas. Ele lembrou que serão necessários especialistas para os projetos de obras que permitirão enfrentar outras enchentes com impactos menores.  Sobre a construção da Estrada Parque, Confúcio Moura disse que a união da bancada federal produz mais força para superar os entraves jurídicos que ainda precisam ser vencidos.
Transposição
Ele também comentou sobre a transposição dos servidores públicos para os quadros da União, que segue emperrada por questões jurídicas. “A presidente Dilma Rousseff já pediu à Advocacia Geral da União” para que agilize este procedimento”, disse o governador. Pelas contas do estado, será possível economizar cerca de R$ 40 milhões todos os meses quando a transposição for concluída.  
Texto: Nonato Cruz
Fotos: Marcos freire
Decom - Governo de Rondônia

 

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