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Auto Posto Ariquemes

Data: 25/02/2014 Compartilhe esta notícia

Governador destaca trabalho de voluntários ao visitar famílias abrigadas em paróquia 

 “Um trabalho contínuo. Sem hora para acabar. Em nenhum momento o Estado e o município estão negligenciando o atendimento às famílias desabrigadas”. Foi assim que o governador Confúcio Moura definiu a ação da Defesa Civil do Estado em parceria com a Defesa Municipal e voluntários, com vistas a socorrer as vítimas das enchentes em Rondônia, em especial Porto Velho, Guajará-Mirim, Nova Mamoré e Santa Luzia, os quatro municípios em situação de emergência, conforme o Decreto Estadual 18.608, do último dia 13.

A afirmação do governador foi feita na manhã desta terça-feira (25) quando, acompanhado do chefe da Defesa Civil, coronel Caetano; secretários de Estado e assessores, foi prestar solidariedade às famílias que estão abrigadas na quadra de esportes da igreja São João Bosco, em Porto Velho. Conforme padre Miguel, as famílias alojadas na paróquia vieram da Vila Candelária e bairro Triângulo, e que agora sobrevivem graças à ação de voluntários. 

Ao todo, de acordo com o coronel Caetano, são 1.553 famílias desabrigadas, que correspondem a pouco mais de seis mil pessoas, na Capital. Mas a tendência é de que o número chegue a três mil famílias, ou seja, 12 mil pessoas, levando-se em conta quatro filhos de cada uma. 

“Estamos aqui para nos solidarizarmos com as famílias e também nos colocarmos à disposição, através de nossas equipes”, disse Confúcio, adiantando que em seguida estaria recebendo uma comitiva dos Ministérios da Integração Nacional e da Defesa, entre eles o ministro Francisco Teixeira, que esteve em Rondônia há 11 dias.

Entre os desabrigados está Gracinéia França, 48 anos,  solteira e mãe de quatro filhos. Ela morava no bairro Triângulo e há duas semanas está no abrigo. Gracinéia conta que buscou o abrigo levando todos os pertences quando a água estava chegando ao assoalho de sua casa. “Não sei o que será da minha vida. Não quero mais voltar para a casa, que  está alagada, mas por outro lado também fico com medo de não ter outro lugar para morar”, desabafou.

Outra moradora do Triângulo, que teve que abandonar a casa, é Marivani Rodrigues, 30 anos, casada e mãe também de quatro filhos. Segundo ela, a única renda da família era garantida pelo esposo, que fazia carregamento no porto do Cai n’Água, trabalho agora comprometido com a cheia. “Estamos preocupados, pois batalhamos muito para termos nossas coisas e agora podemos perder tudo”, lamentou.

OUTRAS NECESSIDADES

A voluntária Joana da Silva destacou, que apesar da sensibilidade das pessoas, que estão doando alimentos, roupas, produtos de higiene e limpeza, há necessidade de outras doações, como fraldas, e também de mais voluntários. Joana mora no bairro Costa e Silva e está disponibilizando meio período do dia para ajudar a organizar a distribuição de alimentos aos desabrigados.

Conforme o secretario estadual de Assistência Social, Márcio Felix, após o socorro às vítimas,  a prioridade para a garantia de moradia será dada aos desabrigados inscritos no Programa Morada Nova para o Residencial Orgulho do Madeira, onde quatro mil imóveis serão entregues ainda neste ano. “Vamos priorizar os desabrigados para as duas mil moradias que serão entregues no mês de julho”, afirmou.

Pelo menos 20 escolas da rede estadual estão à disposição da Defesa Civil, das quais nove já estão ocupadas, de acordo com o secretário estadual de Educação, Emerson Castro, que também acompanhava a comitiva do governador na paróquia. “Nossa prioridade é abrigar e acolher as vítimas.  As aulas estão paralisadas nessas escolas, mas os alunos não serão prejudicados. A Seduc, já está traçando uma estratégia para repor as aulas”, garantiu.

Os voluntários Alcides e Dinha informaram que nesta terça-feira havia 825 cestas básicas para serem distribuídas para todos os desabrigados e não apenas para os alojados na paróquia; entre outros alimentos e produtos para montagem de novas cestas. “Tudo está separado, inclusive as roupas, conforme o sexo”, disse Alcides, explicando que cada família prepara sua própria alimentação, inclusive com a mistura (carne bovina, frango ou peixe) doada diariamente.

 

Texto: Veronilda Lima

Fotos: Ésio Mendes, Marcos Freire e Luana Lopes

 

Fonte: Decom

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